quando a arte choca com a segurança nacional
Duke Riley executou esta 6a mais uma proeza anti-establishment, preparando-se para assaltar o Queen Mary 2, atracado em NY, com uma réplica do "submarino tartaruga" que se pensa ter sido usado para minar um navio inglês durante a guerra de independência. Estavam lá todos a assistir: os polícias, que prenderam Riley, e os seus galeristas e agentes -- deliciados com a publicidade gratuita (btw, o submarino estará em mostra a partir desta semana em Chelsea, NY).
Em Dead Horse Inn, Duke Riley e camaradas ocupam uma ilha em vias de desaparecer ao sul de Brooklyn para uma noite de libação e caranguejos a 5 cêntimos. Fazem-no uma vez por ano, reclamando o vazio legal em que aquela porção de terra caira até 1935, quando a barracada acabou. Mas o que me pergunto é se na paranóia colectiva do terror será ainda possível desafiar pela arte (e de que forma) "as residuais fronteiras, esquecidas e por reclamar, nos limites e confins de espaços urbanos, e a sua insuspeita autonomia" (do site de Duke Riley)? Ao jeito da "Insurrecção Internacional" do novo proletariado de Lumpen artistas?
A julgar pelo relatório da polícia, estaremos seguros: "A makeshift submarine discovered at about 10:30 this morning by an N.Y.P.D. Intelligence detective on board the Queen Mary 2 in New York Harbor is the creative craft of three adventuresome individuals. It does not pose any terrorist threat." (também publicado em zdc)
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